terça-feira, 26 de abril de 2011

Itacaré recebe sua primeira Mostra de Cinema Cultural


 Primeira Mostra de Cinema Cultural
   De 30 de abril a 29 de maio, Itacaré receberá a sua primeira mostra de cinema cultural, com apresentação de 23 curtas e 10 longas metragens, distribuídos durante cinco finais de semana, em vários pontos da cidade.
Porto de Trás, Bairro Santo Antônio, Passagem, Praça da Mangueira e Taboquinhas irão receber um público interessado em descobrir, debater e curtir algumas das melhores produções brasileiras da atualidade.
Todas as exibições da Mostra Cinemulti serão gratuitas, e ao final das projeções haverá bate papo com os diretores, produtores e atores dos filmes exibidos.   Durante o evento serão oferecidas ainda 80 vagas para jovens da comunidade, em cinco oficinas de capacitação em audiovisual.
Com cerca de 25 mil habitantes, Itacaré é um destino turístico muito procurado por suas praias paradisíacas e pelo estilo de ecoturismo que a vila oferece.  Localizada há 60 km de ilhéus, e 260 km de Salvador, Itacaré possui praias de areia branca, ondasperfeitas, beleza natural luxuriante e uma agitada vida noturna.
Iniciado em maio de 2010, o projeto “Mostra CINEMULTI – Edição 2011”, foi aprovado no Edital nº 08/2010 – voltado para o apoio a realização de Mostras e Festivais de Audiovisual, promovido pela Secretaria de Cultural do Estado da Bahia (Secult-BA) e Instituto de Radiodifusão Educativa da Bahia (Irdeb) com recursos do Fundo de Cultura da Bahia.

Programação
        
Longas
1ª Semana (30/04 e 01/05) - Centro Cultural Porto de Trás
Sábado - 1ª Sessão – 18:45 - SERÁ QUE O TEMPO REALMENTE PASSA? 
Sábado - Sessão Especial - 20:00 - EU ME LEMBRO Diretor: Edgard Navarro
Domingo - Sessão Especial - 20:00 - MESTRE BIMBA – CAPOEIRA ILUMINADA Diretor: Luiz Fernando Goulart

2ª Semana (07 e 08/05) - Campo de Futebol da Passagem
Sábado - Sessão Especial - 20:00 - ESTRANHOS Diretor: Paulo Alcântara
Domingo - Sessão Especial - 20:00 - GARRINCHA – ESTRELA SOLITÁRIA Diretor: Milton Alencar

3ª Semana (14 e 15/05) - Praça das Mangueiras - Pituba
Sábado - Sessão Especial - 20:00 - É PROIBIDO FUMAR Diretora: Anna Muyllaert
Domingo - Sessão Especial - 20:00 - FÁBIO FABULOSO Diretores: Pedro César e Ricardo Bocão

4ª Semana (21 e 22/05) - Campo de Futebol Bairro Santo Antônio
Sábado - Sessão Especial - 20:00 - QUINCAS BERRO D ÁGUA Diretor: Sérgio Machado
Domingo - Sessão Especial - 20:00 - SANEAMENTO BÁSICO Diretor: Jorge Furtado

5ª Semana (28 e 29/05) - Taboquinhas
Sessão Especial - 20:00 -O HOMEM QUE ENGARRAFAVA NUVENS Diretor: Lírio Ferreira
Sábado - Sessão Especial - 20:00 - NARRADORES DE JAVÉ Diretora: Eliane Café

Curtas
Sessões de curtas aos sábados (07,14, 21 e 28 de maio) 
       1ª Sessão - 18:00 - Curtas infantis
A peste da Janice (Rafael Figueiredo); A Traça Teca (Diego M. Doimo); Albertinho (Núcleo Animazul); Caquinhas (César Cabral); Portinholas (Animazul); Minhocas (Paolo Conti).
       2ª Sessão – 19:00 – Curtas juvenis
Ilha das Flores (Jorge Furtado); 10 centavos (César Fernando de Oliveira); O xadrez das cores (Marcos Schiavon); Som da Rua – Samba de Véio (Roberto Belirner).

Sessões de curtas aos domingos (01,08,15, 22 e 29 de maio)
       1ª Sessão - 18:00 -  Curtas infantis
Mitos do mundo: por que o canguru salta em 2 patas (Andrés Lieban); Para chegar até a Lua (José Guilhermo Hiertz); Tem um Dragão no meu Baú; Alma carioca – o choro de um menino (Willian Cogô); Disfarce Explosivo (Mário Galindo); Historietas Assombradas (Victor-Hugo Borges); O nordestino e o toque de sua lamparina (Ítalo Maia).
       2ª Sessão – 19:00 – Curtas juvenis
Ilha do Rato (Bernad Attal, Joselito Crispim); A Ilha (Alê Camargo); 10 advertências e 01 benção (Kiko Molica); A Casa (André Lieban); As coisas que moram nas coisas (Bel Bechara, Sandor Serpa); Homofobia (Genésio Marcondes Júnior).

Oficinas

OFICINA DE INTRODUÇÃO AO ROTEIRO – DIAS 30 DE ABRIL E 01 DE MAIO DAS 9:00 ÀS 13:00 – sábado e domingo
PROFESSORA RESPONSÁVEL: MARIALVA MONTEIRO
CARGA HORÁRIA: 08 HORAS
LOCAL: CINEMA CULTURAL DE ITACARÉ
Nº DE ALUNOS: 20 ALUNOS
METODOLOGIA: Teórico-prática.
MATERIAL PEDAGÓGICO:  Material Audiovisual e apostila.
EMENTA: O curso de roteiro pretende apresentar técnicas básicas do roteiro para vídeo, documentário ou ficcional. O principal objetivo é desenvolver, em primeira instância, o processo criativo da produção literária como um todo, abrindo as perspectivas dos participantes, para que eles possam tirar suas idéias das “gavetas”.

OFICINA DE PRODUÇÃO EM AUDIOVISUAL – DIAS 07 E 08 DE MAIO DAS 9:00 ÀS 13:00 – sábado e domingo
PROFESSORA RESPONSÁVEL: LETÍCIA SANTOS
CARGA HORÁRIA: 08 HORAS
LOCAL: CINEMA CULTURAL DE ITACARÉ
Nº DE ALUNOS: 20 ALUNOS
METODOLOGIA: Análise crítica de trechos de filmes com abordagem específica para a produção de longas e curtas. Abordagem teórico-prática.
MATERIAL PEDAGÓGICO: Material Audiovisual e apostila.
EMENTA: Introdução à linguagem Cinematográfica. A Construção de um filme. Tipos de Narrativa.  A linguagem cinematográfica. Continuidade. Composição. Cinema e Televisão: Diferenças e Semelhanças.

OFICINA DE OPERAÇÃO DE CÂMERA – DIAS 14 E 15 DE MAIO DAS 9:00 ÀS 13:00 –sábado e domingo
DESTAQUE para o PROFESSOR CEZAR ELIAS
Estudou em escolas como National Film Board of Canadá, em 1986 fez um curso na Panavision Câmeras em New York. Iniciou sua carreira como assistente e operador de câmera. Além disso, foi gerente de serviços técnicos e superintendente do Centro Tecnológico Audiovisual da Embrafilme e diretor de fotografia do Instituto Brasileiro de Arte e Cultura.

CARGA HORÁRIA: 08 HORAS
LOCAL: CINEMA CULTURAL DE ITACARÉ e RUAS DA CIDADE
Nº DE ALUNOS: 10 ALUNOS
METODOLOGIA: Aulas teórico-práticas
MATERIAL PEDAGÓGICO:  CâmeraS Digital, Tripé, Fresnel
EMENTA: A oficina é destinada ao público iniciante e se propõe a fornecer noções introdutórias de fotografia cinematográfica (registro da imagem em movimento) e operação de câmeras digitais simples, além de destrinchar o menu da câmera.
Nas aulas práticas os alunos farão de exercícios de enquadramento e movimento de câmera, além de filmar um pequeno roteiro.

OFICINA DE EDIÇÃO DE IMAGENS – DIAS 25 E 26 DE MAIO DAS 9:00 ÀS 13:00 – quarta e quinta -feira
DESTAQUE para a PROFESSORA CECI ALVES
Jornalista, cineasta e diretora premiada de documentários e curtas. Nascida em Salvador, possui especializações na área de Edição e Montagem E Crítica Cinematográfica. Atualmente estuda o cinema baiano para sua tese de mestrado em Cultura e Sociedade pela UFBA.
CARGA HORÁRIA: 08 HORAS
LOCAL: BIBLIOTECA MUNICIPAL OU LAN HOUSE
Nº DE ALUNOS: 10 ALUNOS
METODOLOGIA: Teórico-prática
MATERIAL PEDAGÓGICO:  Computadores com programa básico de Edição
EMENTA: A Oficina de Edição ensina os alunos a operar  hardwares para edição e sincronização. Além disso, também os capacita a usar software livres e pagos de edição. 
Os jovens analisam e selecionam materiais diversos para organizá-los em um roteiro; identificam os princípios de funcionamento dos equipamentos de captação de som e vídeo para avaliar a qualidade do produto; e interpretam roteiros e scripts para estabelecer cortes de forma a garantir o entendimento completo da mensagem.

OFICINA DE ELABORAÇÃO DE PROJETOS AUDIOVISUAIS – DIAS 28 E 29 DE MAIO DAS 9:00 ÀS 13:00 – sábado e domingo
PROFESSOR  RESPONSÁVEL: RAFAEL SALAZAR
CARGA HORÁRIA: 08 HORAS
LOCAL: CINEMA CULTURAL DE TABOQUINHAS
Nº DE ALUNOS: 20 ALUNOS
METODOLOGIA: Teórico-Prático
MATERIAL PEDAGÓGICO:  Material Audiovisual e apostila
EMENTA: Gênero Cinematográficos, especificidades e diferenças. Leis de Incentivo na área e Lei do Audiovisual. As bases conceituais para criar projetos audiovisuais.  Formatação de Projetos e Orçamento.

CRITÉRIO DE SELEÇÃO DOS ALUNOS: As inscrições serão feitas através do blog da Mostra Cinemulti. O candidato deverá preencher e enviar a ficha de inscrição que estará disponível no blog, junto com um breve currículo. Reservaremos 50% das vagas para candidatos cuja residência seja em Itacaré/BA. Para estes será exigido comprovante de residência.


*O projeto Mostra CINEMULTI - 2011 foi aprovado no Edital 08/2010 do Governo do Estado
 
*A Mostra Cinemulti Itacaré tem o apoio Financeiro da IRDEB - Instituto de Radiodifusão Educativa da Bahia, Fundo de Cultura - Fomento a Cultura, Secretaria de Cultura do Estado da Bahia e Secretaria da Fazenda

Acompanhe a Mostra CineMulti Itacaré 2011


No Facebook:  www.facebok.com/mostracinemulti
No Site: mostracinemulti.com.br
No Blog: mostracinemulti.blogspot.com
***
Assessoria de Imprensa: Fernanda Pennachia – (73) 99961582  pennachia@gmail.com

Itabuna Ganha Segunda Academia de Letras

Depois de Esperar Mais de Trinta Anos
     Depois de esperar mais de 30 anos, Itabuna ganha em menos de trinta dias a segunda academia de letras, que tem o nome de Academia de Letras de  Itabuna – ALITA – e como patrono o romancista Adonias Filho. A nova entidade literária e cultural  foi fundada pelos escritores, poetas, professores universitários  e juristas,   Ary Quadros Teixeira, Carlos Eduardo Lima Passos da Silva,  Cyro Pereira de Mattos, Dinalva Melo do Nascimento, Maria Genny Xavier Conceição,  Gustavo Fernando Veloso Menezes, . Lourdes Bertol Rocha,  Marcos Antônio Santos Bandeira,  Marialda Jovita Silveira,  Maria Luiza Nora de Andrade, Rilvan Batista de Santana,  Ruy do Carmo Póvoas,  Sione Maria Porto de Oliveira e   Sônia Carvalho Maron.
Reunidos na sede da Fundação Itabunense de Cultura e Cidadania,  FICC, no dia 18, às 9 horas, os 15 membros fundadores da ALITA   elegeram a seguinte diretoria:  Presidente: Marcos Antônio Santos Bandeira; Vice-Presidente: Sônia Carvalho de Almeida Maron; 1ª. Secretária: Lourdes Bertol Rocha; 2.o Secretário: Antônio Laranjeira Barbosa;  1.o Tesoureiro: Gustavo Fernando Veloso Menezes; 2.o Tesoureiro: Rilvan Batista de Santana; Diretor da Biblioteca: Cyro Pereira de Mattos; Diretor da Revista: Ruy do Carmo Póvoas; Diretor de Arquivo: Carlos Eduardo Lima Passos da Silva; Diretora de Projetos e Pesquisa: Dinalva Melo do Nascimento; Diretora de Ações Culturais: Maria Genny Xavier Conceição e Diretora de Comunicação: Sione Maria Porto de Oliveira.
Patronos e Cadeiras
Os patronos com  as respectivas cadeiras  da Academia de Letras de Itabuna (ALITA) são os seguintes:
1    1.    Ruy Barbosa                       
2.      Sosígenes Costa
3.    Padre Nestor Passos
4.    Helena Borborema
5.    Jorge Amado
6.    Mílton Santos
7.    Telmo Padilha
8.    Euclides Neto
9.    Machado de Assis
10. Amélia Rodrigues
11. Minelvino F. da Silva
12. Afrânio Peixoto
13. Plínio de Almeida
14. Valdelice Soares Pinheiro
15. José Haroldo Vieira
16. Abel Pereira
17. Natan Coutinho
18. Anísio Teixeira
19. Aracyldo Marques
20. Ariston Caldas
21. Augusto Mário Ferreira
22. Castro Alves
23. Sabóia Ribeiro
24. Clodomir Xavier de Oliveira
25. Elvira Foepel
26. Emmo Duarte
27. Fernando Leite Mendes
28. Fernando Sales
29. Firmino Rocha
30. Gil Nunes Maia
31. Hélio Nunes
32. Ildásio Tavares
33. Itazil Benício
34. João da Silva Campos
35. Jorge Calmon
36. Jorge Medauar
37. José Bastos
38. Luiz Gama
39. Manoel Lins
40. Manoel Fogueira

sábado, 16 de abril de 2011

Retrato do artista enquanto marido.


 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Retrato do artista enquanto marido.                     
O artista tem de vencer incontáveis obstáculos na perseguição do seu destino. A busca por um mundo próprio, o apuramento da forma, a ânsia do reconhecimento, o duelo com as expectativas, o silêncio das musas, a persistência num método, a crítica e a auto-crítica, um sem fim de medos, bloqueios, desejos e outros perversos ardis da consciência.
Nenhum, porém, lhe dá mais luta do que a vida conjugal.
Em matéria de relações amorosas, o artista só colhe benefícios durante os primeiros meses. A novel companheira é, então, uma presa que ele atrai com versos grandiloquentes, observações sensíveis do mundo, citações avulsas polvilhando conversas banais, visitas guiadas a territórios sagrados de cultura, o desarmante sex appeal de uma obra publicada ou, mistério dos mistérios, daquela que se enche de pó nas gavetas.
São dias de glória, esses. O artista sente que tudo fez sentido: nunca ter subido a uma prancha de surf ou percorrido estradas de moto e cabelos ao vento, não ter investido na construção de uns abdominais de Hércules ou aplicado as poupanças num daqueles potentes descapotáveis com que os outros roubaram, anos a fio, toda a freguesia. Afinal, o tempo consumido entre livros, discos e filmes também serviu para trazê-lo ao objectivo supremo da espécie: o acasalamento.
Agora, a companheira apresenta-o orgulhosamente à família e às amigas. É poeta, diz, enlevada. Ou pianista, contrabaixista, pintor, fotógrafo, cineasta. Os olhos em volta contemplam-no como a uma estátua. A curiosidade sobre o que pensa sobre toda e qualquer coisa parece ilimitada.
Volvidos esses meses fulgurantes, o fascínio escorre, no entanto, pelo prodigioso ralo dos dias. Agora, o artista e a companheira vivem juntos e a arte terá de disputar taco a taco com a roupa por lavar um lugar no topo da hierarquia das urgências.
Escrever um poema ou limpar a cozinha. Pensar uma metáfora ou fazer a cama. O diálogo decisivo de um filme ou arrumar as compras. O perfil de uma personagem contra o estendal da roupa, a composição magistral contra os dejectos dos gatos, o hino triunfal contra o lixo que tem de ser posto na rua. A guitarra enfrenta o berbequim. O suplemento literário o pano do pó. O tríptico alegórico a loiça gordurenta. O neo-desconstrutivismo o ferro de engomar. O retrato pós-apocalíptico a lista de compras.
Em cima disto, o tempo para falar destas e doutras coisas. Porque já não falam. Porque o artista não ajuda em casa. Porque o artista anda muito calado. Não é, hélas, o homem com quem ela casou.
E as visitas à mãe, às amigas e às amigas que acabam de ser mães. A viagem a dois porque há muito tempo não estão sozinhos.
O processo culmina no terno desabafo dela: nunca apareço nos teus poemas / romances / canções / filmes / quadros / riscar o que não interessa. O artista pensa responder qualquer coisa menos artística, mas prefere dizê-lo abafado pelo som do aspirador.
Chegado a isto, ele pergunta-se se Schopenhauer teria as mesmas queixas. Passaria Chopin mais tempo a limpar o piano do que a tocá-lo? Quantas vezes terá Hemingway interrompido a redacção de Adeus Às Armas para recolher a roupa e fazer outra máquina?
As questões vão e vêm sem resposta. Enquanto a tarde cai e a roupa roda no tambor, os gatos pedincham comida e o homem da companhia faz a leitura do gás, o artista pensa que já não saberia viver doutra maneira. Épicos e românticos estão fora de moda; realistas e niilistas vão pelo mesmo caminho. Que resta a um artista-marido senão a doce metafísica da normalidade?
publicado por Alexandre Borges

Viver sempre também cansa.

O sol é sempre o mesmo e o céu azul
ora é azul, nitidamente azul,
ora é cinzento, negro, quase-verde...
Mas nunca tem a cor inesperada.

O mundo não se modifica.
As árvores dão flores,
folhas, frutos e pássaros
como máquinas verdes.

As paisagens também não se transformam.
Não cai neve vermelha,
não há flores que voem,
a lua não tem olhos
e ninguém vai pintar olhos à lua.

Tudo é igual, mecânico e exacto.

Ainda por cima os homens são homens.
Soluçam, bebem, riem e digerem
sem imaginação.

E há bairros miseráveis sempre os mesmos,
discursos de Mussolini,
guerras, orgulhos em transe,
automóveis de corrida...

E obrigam-me a viver até à Morte!

Pois não era mais humano
morrer um bocadinho,
de vez em quando,
e recomeçar depois,
achando tudo mais novo?

Ah! se eu pudesse suicidar-me por seis meses,
morrer em cima dum divã
com a cabeça sobre uma almofada,
confiante e sereno por saber
que tu velavas, meu amor do Norte.

Quando viessem perguntar por mim,
havias de dizer com teu sorriso
onde arde um coração em melodia:
"Matou-se esta manhã.
Agora não o vou ressuscitar
por uma bagatela."

E virias depois, suavemente,
velar por mim, subtil e cuidadosa,
pé ante pé, não fosses acordar
a Morte ainda menina no meu colo...


José Gomes Ferreira, in "A Poesia da «Presença»" cotovia, 2003

segunda-feira, 11 de abril de 2011

Caixa Preta
Imaginário fotográfico

Uma exposição fotográfica em que o publico ver as imagens tomando forma. Está é a proposta de Rafael Martins, fotógrafo que em sua primeira exposição solo inova o modo de se fazer e apreciar a arte fotográfica.
A partir do dia 19 de Abril, às 20h, na galeria Moacir Moreno, Theatro XVIII, Pelourinho, Rafael convida os espectadores para uma performance fotográfica de light paint na qual o público pode presenciar a concepção de algumas imagens que também farão parte da amostra. As imagens criadas serão automaticamente projetadas em um telão para apreciação simultânea da platéia.
Em um mês de exposição no Theatro XVIII, as performances contam com convidados especiais como Bel Borba e Marco Aurélio Martins, além de grupos artísticos da cena local, e acontecem nos dias 19 e 17 de abril e 4 e 11 de maio, sempre às 20h.
A performance faz parte do projeto Caixa Preta que é uma amostra expositiva de 11 imagens produzidas a partir de diversos objetos diferentes e que ficará até o dia 19/05 exposto na Galeria Moacir Moreno do Theatro XVIII
A idéia do projeto é aproximar o público de artes visuais da realidade de produção do light paint e afastar as interpretações mais ingênuas que acreditam serem os efeitos do light paint fruto de manipulações posteriores.

sexta-feira, 8 de abril de 2011

projeto aqui na região, o RI representou um reavivamento da arte cênica local. “A cada semana de trabalhos, uma nova vertente era criada. Isso trouxe mais aprendizado com diferentes formas de fazer teatro. Cada um podia perceber o prazer de representar e interpretar, de se descobrir, de descobrir o outro, de ser qualquer pessoa e ao mesmo ser ele mesmo. Ter várias personalidades em vários momentos, descobrindo outras culturas e sendo multiplicadores.        
O espetáculo contou com a participação de Paulinha Pires, Fábio Nascimento, Geysa Pena, Geysa Sales, Alexandre Reis, Andrea Bandeira, Elismar Alves, Tânia Hooana, Mauricio Novais, Janete Lainha, Marcos Antonio, Adrian Greyce, Antonio Cesar, Ciro Nonato, Ednilton Paixão, Jorge Batista, Adriana Santos, Maiane Clair, Barbara Aguiar, Luciano Sabino, Orlando Nunes, Rose Miranda, Susane Marques, Valdiná Guerra.
O intuito é trazer de uma forma diferente, a trajetória do teatro para comunidade ilheense.  O ingresso custou apenas 1 kg de alimento não perecível, que foi  doado para a Comunidade Novo Céu, situada na Rua Ovidio Leal 340 - Iguape. Fone:3639- 2667/3639-3117. Responsavel:José Simão Duarte.